Músicas que combinam com ONI

Algumas vezes, enquanto nós (eu, Maitê; e Dook) ouvimos algumas músicas, percebemos que elas se encaixam com alguma coisa de ONI, então decidimos compartilhar algumas dessas músicas em postagens, para que vocês possam entender um pouco mais sobre a história do jogo, enquanto ainda não o lançamos. Vamos começar com o contexto geral do universo de ONI. Existem muitas músicas sobre guerra por aí, sinceramente, a maior parte das que escolhemos era sobre guerra, mas entre todas, duas em especial mostram bem sobre o que essa história se trata.

(Ambos os vídeos/músicas foram tirados do canal "Insomnia")

{Bones - Emily Finchum}

"Às vezes eles encontram esqueletos inteiros desenterrados do mundo inferior" "Eles colocam os ossos onde eles nem se encaixam, para fazer um deles"

Essa primeira parte pode ser comparada com a Adamantina, o principal recurso utilizado na criação dos oni's. A Adamantina é mais comumente encontrada no núcleo de determinados planetas, são desenterradas e retiradas do solo, depois utilizadas na criação dos oni's, em um lugar em que elas "nem se encaixam", como citado na música, tudo para que os humanos possam criar mais seres como eles, porém mais poderosos.

"Eles estão tão preparados para o que querem" "Os ossos não são colocados aonde pertencem" "Eles vão e os colocam em exibição" "E dizem que não são nada, mas estão errados"

Novamente, temos o "contexto" da Adamantina estar sendo colocada em um lugar na qual não pertence, mas dessa vez, com partes que podemos associar à guerra. Desde que Júpiter não precisa colocar humanos na guerra, podendo colocar seres que são apenas armas, não tem família e, no pensamento de muitos, sequer sentimentos; os oni's são praticamente usados como uma forma de exibição. Exibição do poder científico e militar que o planeta tem. Uma exibição de força, de que ele tem armas poderosas para vencer essa guerra, custe o que custar. Como já dito antes, na visão de muitos oni's não são nada além de armas para a guerra, mas estes mesmos oni's tem, sim, sentimentos, vontades e sonhos próprios. Mesmo que digam que eles não são nada, eles sabem que os humanos estão errados.

"Você pegou os ossos de Tiranossauro Rex e disse que era humano" "Saiba que é desnecessariamente complexo"

Agora inicia uma parte que poderia ser equivalente aos oni's cantando. Trazendo para o contexto da história, o primeiro verso se refere a própria Adamantina, ao fato de que os humanos pegaram a pedra e a uniram com a fórmula da criação de um ser humano artificial, criando, assim, os onis's. Eles são seres que os seres humanos vêem como "humanos mais poderosos", seres fáceis de controlar, desde que eles já os conhecem, assim como a forma como os mesmos foram criados; mas entender de fato _quem_ eles são é complexo, de uma forma um tanto quanto desnecessária, já que não deveria ser necessário tantas dificuldades para os humanos entenderem o ponto de gosta dos oni's.

"O mundo é um museu cheio de exposições sem sentido" "E todas as galerias e salões estão cheios de idiotas"

O mundo, a guerra em si, é como um grande museu, que serve para expor armas, máquina, ciência e poder. Uma forma de mostrar o poderio militar tanto de Júpiter quanto de Saturno, de modo que não só a população de cada um, mas sim de todos os outros planetas, também a vejam. Pessoas, de todos os outros planetas, apenas "visitam" este museu, vendo suas galerias e salões, sem realmente se afetar com nada do que vê ali.

"Você acha que é tão inteligente, mas você mal faz sentido" "Você não pode mudar o que está definido em pedra" "Ou o que está dentro de sua cabeça"

O primeiro verso dessa parte se refere aos próprios seres humanos, que se acham muito inteligentes, com todas as suas invenções e criações, ao mesmo tempo que a exposição disso em forma de uma guerra não faz sentido. Os dois últimos versos se referem mais uma vez a Adamantina e a importância dela durante a criação de cada oni.

"Eles os desenterram das ruínas, das coisas de muito tempo atrás" "Então eles pegam suas palavras e as enterram, seis pés abaixo"

A primeira parte dá para interpretar com as mesmas interpretações relacionadas com a Adamantina já citadas anteriormente. A parte final, entretanto, é mais uma forma de mostrar a forma como os humanos tratam os oni's, como se eles não tivessem liberdade de expressão, não pudessem falar como se sentem, pois sempre que tentam, são apenas tratados como objetos.

"Eles estão tão preocupados com o que pensam, eles falham com a arqueologia" "Em vez disso, eles são apenas hipócritas, que não pedem desculpas"

Mais uma vez, uma parte que se refere à forma como alguns oni's enxergam alguns dos humanos, como seres que apenas estão preocupados consigo mesmos, sem se importar verdadeiramente com os outros ou com os próprios oni's, apenas pessoas que não aceitam que estão erradas e, dessa forma, não resolvem seus próprios problemas, escolhendo outros meios para isso, como a guerra.

"Há uma fratura na coluna" "Você está errado, a vitória é minha"

Por fim, uma visão de ambos os lados da guerra, mostrando que cada um tem sua própria maneira de ver as coisas, na qual a maneira do seu inimigo é a errada, dessa forma, quem estiver "certo" é o vencedor.

{Papa-Capim - O Príncipe Du'Azul}

"Ele deu um pulinho" "Tava bem nervosinho o papa-capim!" "Preso numa gaiola de uma escola" "Que vida ruim, tadim"

O papa-capim é uma representação dos oni's, que, assim como os soldados, está privado de sua liberdade e sendo forçado a ficar em um lugar que não quer e não gosta, fazendo coisas que igualmente não quer, nesse caso, a guerra.

"O menino olhou, quando viu perguntou" "O que é isso aqui?" "É muita crueldade tirar a liberdade de um bichinho assim, é o fim"

Essa parte é uma representação do ponto de vista da Katherine, a atual soberana de Júpiter. Mesmo com sua arrogância, ela tem um bom coração e, diferente de grande parte das pessoas, ela consegue ver o lado dos oni's e não tratá-los apenas como armas de guerra, sabendo que eles estão presos e tendo um pensamento parecido com o do garoto da música: que é uma certa crueldade tirar a liberdade dos oni's, obrigando-os a lutar em uma guerra.

"Passarinho, sem tem asa então é pra voar" "A gaiola nunca foi seu ninho, é na natureza o seu lar" "Vai bichinho! Quem se diz dono do teu cantar!" "Ignora que Deus te criou e te deu o céu pra viajar"

Mais uma vez, um trecho que mostra o ponto de vista da Katherine, onde ela acredita que a guerra não é bem o lugar aonde eles deveriam estar, mas sim deveriam ser livres para escolher o que quiserem fazer.